quarta-feira, 14 de maio de 2008

Antes



Trent Reznor é, antes de tudo, um visionário. Enquanto o mundo ainda vivia a ressaca pós-punk, já estava ele misturando rock com música eletrônica com a competência que nego tenta acompanhar até hoje.

O ano era 1985, a cidade era Cleveland, a banda se chamava Exotic Birds, o som era um synth pop e o cabelinho... Bem, o cabelinho era esse padrão Duran Duran que você pode ver na entrevista acima.

Sempre à frente do seu tempo, o menino-do-terrão Trent foi convidado a entrar na banda para tomar conta do teclado e das programações, além de colaborar com o backing vocal. Apesar disso, os três percussionistas não deixavam nosso herói participar da composição das músicas.

Sem moral para ajudar a criar, ele deixou os Exotic Birds três anos mais tarde para fundar sua própria banda, e em 1989 saiu "Pretty Hate Machine" pelo selo independente TVT Records.

O disco de estréia do Nine Inch Nails era praticamente o trabalho de um homem só: o cara canta, toca guitarra, teclado, drum machine, assobia e chupa cana. Se você nunca ouviu esse álbum, faça-me o favor de baixar correndo.

Outro dia falei aqui do novo disco do NIN, "The Slip". Ouvi melhor e continuo achando bom, talvez um pouquinho inferior aos anteriores. Mas o que se percebe é que, mesmo após quase 20 anos, o cara mantém o mesmo padrão de qualidade e principalmente de conceito musical. E é por isso que "Pretty Hate Machine" é tão atual quanto "The Slip".

Uma das faixas mais interessantes desse novo play é "Echoplex". O vídeo abaixo não é oficial; foi feito por um fã. Mas como eu não sei como disponibilizar arquivos de música nesse bolologue, mete o fone e ouve aí.

Um comentário:

Unknown disse...

1- achei "Discipline" foda e concordo plenamente: o cd é um pouco inferior, mas muito bom também
2- o cd duplo "Ghosts" chegou hoje e eu ainda não acredito que custou apenas 10 doletas
3- Trent Reznor é O visionário
4- tiu, obrigada pelo workshop NIN do ano passado...