terça-feira, 14 de outubro de 2008

Melhorar meu squash e educar meu (um)beagle



Eu costumo ligar a TV só para ver futebol, normalmente durante o fim de semana. Outro dia liguei em plena quinta-feira para me distrair enquanto jantava, quando uma matéria me chamou a atenção.

Era a cobertura jornalística de um fato importante: a ida de Débora Secco à churrascaria. A reportagem se propôs a revelar com quem ela foi, em que mesa sentou, se pediu polenta para acompanhar, quantos tipos de carne comeu e se no final ficaram uns fiapinhos de picanha entre os dentes da moça.

Aí você fica se perguntando: "como as pessoas conseguem se interessar por isso?". E chega à conclusão que o povão gosta mesmo de saber tudo sobre as "celebridades", sobre as musas e galãs da novela, e é por isso que a televisão abre espaço para tanta falação da vida alheia.

Mas de repente você, que trabalha em um dos maiores grupos de propaganda do mundo, lê a mensagem de despedida do diretor de criação em um site famoso. E percebe que tudo que pensou a respeito do assunto não faz sentido: o complexo de TV Fama/BBB é geral.

"Saio depois de 16 anos feliz por ter feito tanto, conhecido tantos países, resolvido tantas encrencas. Foi uma separação extremamente amigável e maturada. Agora, vou fazer um pouco de cinema. Se der, quero também melhorar meu squash, e - tarefa mais difícil de todas - dar um tico de educação ao meu Beagle".

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