quarta-feira, 30 de abril de 2008
Genérico
Eu entendo o Dave Grohl cansar de tocar bateria e formar uma banda (bem fraca, por sinal) na qual compõe, canta e toca guitarra. Entendo o Josh Homme fazer o caminho inverso, deixando um pouco de lado o vocal e a guitarra do QOTSA para brincar de ser baterista do Eagles of Death Metal. Entendo até o Iggor Cavalera pegar a mulher e fazer dublê de DJ.
Mas montar um projeto paralelo para tocar a mesma coisa, com a mesma sonoridade, não dá pra entender.
A raiz setentista, as guitarras, a semelhança com Led Zeppelin - por que teria o excelente Jack White formado outra banda com proposta tão parecida? Claro que pequenas diferenças existem, principalmente na formação. Mas ao ouvir White Stripes (clipe de baixo) e Raconteurs (clipe de cima), não consigo deixar de ver as duas bandas como uma coisa só.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
O congelador de movimentos
Acabei de voltar da abertura da exposição "Laborg: a plástica complexa de dinâmicas aparentemente simples, o movimento, o pulso, o acaso”, do fotógrafo Chubas, também conhecido como Rafael Define, com direito a café e pão de queijo no Suplicy dos Jardãs (melhor que ser chique é ter amigo chique).
Quem passar por lá pode ver e até comprar as ampliações, uma mais foda que a outra. As imagens são a captura estática das apresentações do coletivo multimídia Laborg, que mistura líquidos em frascos, filma os movimentos, formas e cores que se formam e transmite as imagens ao vivo para o telão.
Quem estiver com preguiça de ir até o café, pode conferir as fotos aqui.
In Heaven Everything is Fine
Nossa amiga Amy não conseguia disfarçar: já tinha cara de fritinha desde cedo, mesmo sem imaginar o que seria da sua vida anos mais tarde.
Eu vou com a cara da moça e do som dela. Teimei um pouco em parar pra ouvir o disco mais recente, mas não em admitir que é muito bom. E apesar de fazer um soul-jazz pop, a mulher é rock n' roll pra caralho.
Já deve ter muito jornal, site e programa de TV esperando com matérias quase prontas o dia em que a house da Amy cair de overdose, tiro na cabeça ou algum outro fim trágico menos clichê.
Mas pode ser que, para ela, o fim trágico menos clichê seja continuar viva até os 80.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Torta de nada
Achar um filme bom ou ruim depende de muitas coisas, eu sei. Desde seu gosto pessoal até o estado de espírito no dia escolhido para ir ao cinema. Pois bem. Mas eu não consigo imaginar situação em que eu pudesse gostar de "Um Beijo Roubado (My Blueberry Nights)", primeiro longa ocidental, totalmente em inglês, do diretor Wong Kar Wai.
Manja macarrão na manteiga? O filme mais "nada" dos últimos tempos. Aliás, é exatamente a torta sem graça que ninguém come e fica na prateleira o dia inteiro. Nem raiva eu consegui sentir, mesmo com a presença do casal Closer, Jude Law e Natalie Portman, a cantora Norah Jones e toda a crítica a favor (a Folha deu nota máxima para o filme).
Roteiro pobrinho, personagens que não cativam, diálogos fracos e cenas de dar vergonha, como um encontro casual do cara e da mina com o nariz sangrando, cada um por um motivo diferente.
Aproveitei para escrever sobre o filme hoje, porque amanhã já não vou nem lembrar mais que vi. Prefiro ficar com as boas impressões de "Amor à Flor da Pele" e "2046".
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Ela voltou
Muito antes de virar nome de música do Comodoro, Miss Asssnatch era hit do YouTube com suas dancinhas sensuais. De oclinhos e calcinha, embalava "Can Your Pussy Do The Dog?" do Cramps enquanto chupava um sorvete ou simplesmente mostrava toda sua desenvoltura diante da webcam. Puro fetiche.
Nego ficou tão louco por ela que fez até uma canção em sua homenagem, "Asssnatch". O refrão diz: "what a night we had!"
Certo dia o Chubas descobriu que a mina vendia uns vídeos caseiros xxx-rated por 5 dólares. Tem um dela assobiando pela xana e mijando, por exemplo. Confesso que depois disso a moça perdeu um pouco do seu charme e glamour, mas nunca deixará de ser nossa musa trash.
Sumida por uns tempos, Miss Asssnatch está de volta. De batom vermelho e pêlo no suvaco.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Sin Sítyo - Parte II
O feriado de Tiradentes tirou o couro do Comodoro, principalmente do Chubas e do Bilinho. Foi mais um fim de semana de trabalho intenso no Sin Sítyo de Mairiporã, onde gravamos o primeiro disco da banda, "Bowling fer Souls".
Exigente e perfeccionista, o produtor Tiu Biu pegou nos pés grandes e sujos dos guitarristas. E não pensem vocês que cordas novas, regulagem precisa e um take certeiro são suficientes para satisfazer o patrão. "Tá tudo errado". "Não, faz assim, ó". "Afina de novo". "Ainda não tá afinado, vê lá". "Vamos fazer outro take".
O saldo, depois da maratona de 3 dias mais 2 do primeiro final de semana, foi o seguinte: bateria e guitarras gravadas, metade do baixo para refazer (tentei dar o migué de não regular nem trocar as cordas e não funcionou) e voz ainda a gravar. A paulada tá ficando consistente, densa e gorda. Muito mais forte que esse tremor de 5,2 graus (só me faltava essa).
Durante a session, recebemos algumas visitas ilustres como a do broder FasRa. O cara até levou a camereta e fez um videozinho de making of. Valeo, man!
terça-feira, 22 de abril de 2008
E o prêmio vai para...
quinta-feira, 17 de abril de 2008
As voltas que o mundo dá
Banda é como casal antigo, vive entre tapas e beijos. Que o diga o Jane's Addiction, uma das campeãs do eterno termina-e-volta.
Perry Farrell e sua trupe ajudaram a desenvolver o rock alternativo dos anos 90, e por isso foram chamados para receber o prêmio "Godlike Genius Award" ("Prêmio Gênio Divino") e tocar no palco do primeiro NME Awards (da revista britânica New Musical Express), no dia 23 de abril em Los Angeles.
Se não rolar nenhuma treta nesse meio tempo, a apresentação será a primeira em 17 anos com a formação original, incluindo o baixista Eric Avery, que se recusa a tocar com a banda desde o primeiro rompimento, em 1991. Ele disse que só topou fazer o freela porque é uma homenagem ao que foi feito no passado, e não uma tentativa de reeditar um lance que já ficou para trás.
Outra banda da mesma época que tem novidade é o Stone Temple Pilots, de volta após 6 anos de intervalo. Retorno de um, fim do outro: enquanto Scott Weiland confirma presença em uma série de festivais com o STP, dá sinais de que o Velvet Revolver está com os dias contados.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Cabrini Free!
Um jornalista sério, que tem faro para a notícia, leva realmente a fundo suas investigações e tem uma carreira marcada pela audácia de suas reportagens, precisa permitir que os temas que aborda invadam suas entranhas. Este é o grande ideal de toda uma classe, e é por isso que eu bato no peito e solto o brado retumbante: que orgulho de ser repórti!
Quando foi flagrado com 15 petecas no porta-luvas do carro, acompanhado de uma mulher e indo pra chácara dela, o repórter Roberto Cabrini estava apenas exercendo com excelência a sua profissão; mergulhando de cabeça no mundo das drogas para produzir, com o mais alto grau de propriedade, sua matéria sobre o tráfico em São Paulo.
Agora ele diz que foi vítima de armação. Quem armou pra ele mandar foi a mulher. É tudo culpa da piranha! Está no ar a campanha "CABRINI FREE!".
Skid Roses
O namoro é antigo, desde os tempos em que lenços, shortinhos de lycra e cabeleiras volumosas faziam sentido. E mais do que isso, faziam milhões de dólares. Mas o fato é que Axl Rose e Sebastian Bach, passados mais de 15 anos do auge, nunca estiveram tão próximos.
"Para ser honesto, eu não entendo porque Axl está sendo tão legal comigo. Não sei porque ele resolveu apontar sua varinha mágica para mim e dizer: você abrirá os shows da minha banda por todo o planeta. Pra mim isso é muito louco! Eu amo esse cara, e estou nessa até o fim".
A declaração de amor se justifica. Em todos os shows do desfigurado Guns N' Roses (da formação original só ficou o dono da banda), Bach esteve por perto, fazendo a abertura e dando uma canja em "My Michelle". Por sua vez, em seu novo álbum solo - "Angel Down" -, o ex-líder do Skid Row contou com a participacão de Axl nas faixas "(Love is) a Bitchslap", "Stuck Inside" e a releitura para a clássica "Back In the Saddle", do Aerosmith.
Segundo a imprensa, Axl Rose finalmente entregou o álbum "Chinese Democracy" à gravadora Geffen. A gente já ouviu a mesma história umas 300 vezes durante os 14 anos em que o álbum vem sendo feito. É, sem dúvida, vaga certa no livro dos recordes como o disco mais embaçado da história.
Estimada em US$ 13 milhões, a produção ainda causa impasses entre Axl e a gravadora. Alguém avisa o maluco, esse tiozinho esquisito da foto, que daqui a pouco ninguém mais vai levar o disco a sério e o prejuízo pode ser maior que todo o investimento.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Romário é rei
Agora é oficial: hoje, dia 15 de abril de 2008, acabou a carreira do maior atacante da história do futebol brasileiro. Já fazia tempo que Romário era um ex-jogador em atividade, mas a vontade de chegar aos 1.000 e o vício no êxtase do gol adiaram, e muito, o adeus do Baixinho.
Outro dia aqui no trampo me fizeram a pergunta: quem foi melhor, Romário ou Ronaldo? Apesar de ir com a cara do gordo, respondi Romário na hora. A molecada da agência discordou, talvez por ter acompanhado mais a fase de ouro do outro, que realmente tinha mais explosão, força e arranque. Mas quem viu o Baixinho jogar sabe que para definir com tanta frieza e categoria - de esquerda, de direita ou de cabeça - não tem pra ninguém.
Sou tão fã do cara que nem a carioquice me incomoda. No dia em que ele quebrou a espinha do Amaral e meteu aquele golaço, eu estava no Pacaembu. Tinha ido sozinho ver Corinthians x Flamengo numa tarde ensolarada. E ali presenciei um fato raro na história do futebol: o estádio inteiro, tomado por corintianos, aplaudiu de pé um gol sofrido pelo Corinthians e ainda gritou o nome do inimigo, que só deixou de ser inimigo porque se chamava Romário.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Notas sobre um escândalo
Quanto mais eu assisto futebol, mais indignado fico com os dinossauros da imprensa esportiva. Gordinho nerd que nunca chutou uma bola na vida. Nego acompanha futebol há 50 anos, vê o replay 200 vezes e continua falando merda. Tem horas que eu espumo de raiva.
Domingo à noite e ontem o dia inteiro fui obrigado a ouvir as opiniões muito sábias sobre o jogo dos bambis contra os suínos, do qual posso dizer:
- Um monte de gente caiu na conversa do Adriano e achou que o toque foi sem querer. Meu Deus!!! Quem já jogou bola uma vez na vida nem precisa de replay para saber que ele percebeu que não alcançaria a bola, projetou o braço pra frente, deixou a bola bater, encolheu o braço e fez o movimento com a cabeça para enganar. Pura e velha malandragem do futebol, e a pataiada foi na dele. Ouvi até gente dizer que a bola resvalou na cabeça, quando na verdade passou longe.
- O Bezerrão caiu no chão e demorou uma era pra começar a comemorar, porque sabia que tinha dado uma manchete na bola e o gol seria anulado. Mas não foi, e a comemoração foi meio sem graça, com vergonha. Se fosse macho, falaria que foi com a mão mesmo e que a culpa é do juiz e desse monte de zé ruela que não manja nada de bola.
- O juiz, aquele neguinho dos palitos Pan que todo mundo diz ser o melhor de São Paulo, faz a mesma coisa sistematicamente: erra, acaba com o jogo, e depois espera uma oportunidade para compensar. Ontem foi assim, com o gol de mão e o penaltizinho forçado pro Palmeiras. Mal posicionado, ele nem viu o lance do primeiro "gol" do Bezerrão. Tinha um monte de gente na frente dele. Mas para não admitir a cagada, falou que o toque foi "involuntário". Ruim, mentiroso e viadinho.
- A porcada chorou, como aquele chileno pipoqueiro costuma fazer, mas a verdade é que o graaaande favorito - segundo a imprensa e a torcida verde - abriu as pernas e não jogou picaralho. Tava na cara que ia acontecer isso. Mais um aninho na fila?
- Já os bambis fizeram um gol de mão e outro na engrossada do zagueirão. Hoje em dia, limitam-se a JW cruzando e Godzila cabeceando.
- Pode esperar que quem vai decidir o jogo domingo, mais uma vez, será o juiz. Como foi durante todo o campeonato.
domingo, 13 de abril de 2008
Marketing barato
Muita gente achou de profundo mau gosto essa ação da marca de skate wear Zoo York.
A idéia é, no mínimo, inusitada: lançar um stencil do logo na casca de centenas de baratas, colocá-las num saco e dar um rolê espalhando as cucarachas por Wall Street, centro financeiro dos States.
Como a intenção não é agradar executivos e secretárias, a marca conseguiu causar o buzz que queria com uma dose de subversão na medida para o skate.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Decadence avec Elegance
Como todo carro velho, o show do New York Dolls demorou a pegar ontem no Hangar 110. Começou geriatricamente morno com "Babylon" enquanto eu ainda reparava no figurino dos tiozinhos. E a conclusão é que a decadência definitivamente tem seu charme.
David Johansen, o Mick Jagger dos pobres, entrou no palco de peruca seca, lata amassada, pager na cintura, camiseta baby look recém-comprada na Zé Paulino (do lado do Hangar) por R$8,99 e uma calça bailarina sem cueca pagando pintinho.
A bruxa véia não aguenta mais cantar, mas a presença é marcante mesmo assim. Já o Silvano Silveira soube envelhecer. Meio bobão, ok, mas pelo menos tá aparentemente inteiro e feliz ao tocar no terceiro mundo e fazer o papel de mestre de cerimônias.
O outro guitarra tenta (e não consegue) ser o Johnny Thunders, o batera passa batido e o baixista também passaria se não fosse o alto grau de bicudez e o som estourado do seu deteriorado instrumento.
Do meio pra frente, a lendária banda deu um gás, tocou os maiores clássicos e o show esquentou. Antes de encerrar a noite da histórica passagem por SP, outra marca de quem carrega décadas de estrada nas costas: a exemplo de outros titius como Morrissey e Roberto Carlos, Johansen distribuiu flores. Meigo!
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Banned in SP
E não é que a antiga Broadway acabou sendo o lugar perfeito para o show do Bad Brains?
Tamanho ideal, sem tumulto pra entrar ou sair, público cheio de amigos (a maioria over 30), cerveja a 3 conto e água a 1 reau. O som poderia estar mais alto e definido, mas nada que uma pancada bem dada não resolva.
Mesmo sem a presença do líder HR e do baterista titular Earl Hudson, o quarteto com Israel Joseph I e Chuck Treece representou, principalmente nas faixas hardcore. Quem foi saiu suado, com um hematoma aqui outro ali e de alma lavada.
Hora de descansar que hoje tem mais.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Deu na coluna social
Depois de ter abrigado, nos tempos áureos, o mural "Os Bandeirantes", de Candido Portinari, o restaurante do Hotel Comodoro, no centro de São Paulo, está vendendo o quadro de um cavalo branco pintado por Marquito.
Ex-assistente de palco do "Programa do Ratinho", Marquito pede R$ 250 -ou duas parcelas de R$ 150.
Wi-Not?
Tim, Claro, Oi e Vivo, mortos: com a chegada da nova tecnologia wireless da Nokia, as operadoras de telefonia celular estão com os dias contados.
A empresa finlandesa apresentou o N810 Tablet WiMax Edition, aparelho que se conecta à web em banda larga de qualquer lugar, roda Skype e dispensa as abusivas operadoras de celular ao usar apenas o provedor de internet.
O WiMax, padrão wireless parecido com o Wi-Fi, tem alcance de dezenas de quilômetros ao invés de dezenas de metros. A rede ainda é restrita, mas com esse lançamento a Nokia pretende prever o futuro da comunicação, mesmo que isso lhe custe o fim da fabricação de telefones móveis.
Com tela de 4 polegadas sensível ao toque, teclado QWERTY, 2GB de memória expansíveis até 10GB e câmera de 2 megapixels, o N810 começa a ser vendido nos EUA a partir de agosto, sem preço definido.
terça-feira, 8 de abril de 2008
1 hora e 12 minutos
Foi o tempo que demorei hoje para ir do trampo (Rua Loefgreen, Vila Mariana) à minha casa (Rua Lisboa, Sumaré), percurso que durante a madrugada não levaria nem 10 minutos. E olha que já tinha passado o horário de pico, se é que isso ainda existe em São Paulo.
Ouvir no iPobre o novo do Portishead, o sombrio e paranóico Third, não ajudou em nada. Mas nesse meio tempo mais do que tempo inteiro deu pra ler o jornal de cabo a rabo, e chegar à conclusão de que eu deveria fazer minha parte subindo na chuva os 12 quarteirões que separam o prédio da agência da Domingo de Morais. De metrô eu levaria no máximo 20 minutos e daria minha justa contribuição à cidade.
Aliás, confio muito mais na eficácia da iniciativa individual do que no pacotão de medidas que a prefeitura vem anunciando. Segundo o Datafolha, 56% dos paulistanos aprovam a idéia de rodízio duas vezes por semana, e 74% rejeitam o pedágio urbano. Ou seja: só quando mexem no bolso é que nego se manifesta.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Procura-se patrocinador para baterista pobrinho
Ele se chama Richarlyson Azedo, toca no conjunto Comodoro e precisa urgentemente de um banquinho de bateria. No último final de semana, Azedinho gravou o primeiro disco da banda sentado nisso aí que vocês podem ver na foto.
A técnica avançada banqueta de cozinha + três listas telefônicas + fita crepe foi desenvolvida por ele mesmo ali, na hora. "Ficou bom o banquinho improvisado, mas se alguma marca quiser patrocinar ficarei muito satisfeito", disse o hippie-metal Ricky.
Faça uma criança insolente feliz. Para doações, patrocínios ou mensagens de apoio, mande um email para comodoro666@gmail.com.
Rage Against The Promises
Entra ano, sai ano, passam sete de intervalo até a volta triunfal no Coachella abarrotado em abril do ano passado, e o papo do Rage Against The Machine tocar na América do Sul pela primeira vez continua na promessa.
Já nem sei quantas vezes ouvi dizer que "esse ano é certeza que eles vêm", e com 2008 não foi diferente. Eu só sei que, se os boatos um dia se confirmarem, eu poderei dizer que finalmente vi o show que mais esperei nos últimos 15 anos. Caso sobreviva, é claro.
Costumo dizer que o RATM é uma das únicas bandas de hoje capazes de incendiar uma multidão como nos velhos tempos do rock. Chega até a ser perigoso quando começo a pensar no que poderia acontecer, e só de imaginar já dá frio da espinha.
Por enquanto, a banda confirmou presença em outro tradicional festival americano, o Lollapalooza. Ao lado de Wilco, The Raconteurs, Nine Inch Nails e outra eterna promessa, o Radiohead, é mais uma vez a atração principal do evento que rola de 1 a 3 de agosto em Chicago.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Barra Funda e Pesada
Olha só o sorriso estampado na caveirinha... Misfits, Biohazard e Suicidal Tendencies são algumas das bandas que desembarcam em São Paulo para tocar no Maquinaria Rock Fest. O evento rola nos dias 17 e 18 de maio no Espaço das Américas, BF, SP.
A organização ainda tem alguns nomes não-divulgados na manga, mas é fato que o primeiro dia vai ser bem legal. E o melhor: pela quantidade de bandas interessantes, o preço não é salgado [80 mango por dia]. A única falha é não ter escalado o Comodoro, porra!
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Sin Sítyo
Assar uma carne em Mairiporã
Ao sol que arde em Mairiporã
Ouvindo barulho em Mairiporã
Falar de dor em Mairiporã
É no clima do Tosquinho que o Comodoro vai pro Sin Sítyo do Azedo neste final de semana para gravar baixo e bateria do nosso primeiro disco, "Bowling Fer Souls".
Ontem no estúdio gravamos uma pré com o produtor Tiu Biu, e pelo jeito o barulho vai ficar bom. A princípio seriam 13 músicas, mas pode ser que entrem 2 novas. Tomara que role.
Por conta desse compromisso (não aguento mais tocar as mesmas músicas e não vejo a hora de ter essa porra gravada na mão), infelizmente não estarei presente em duas importantes despedidas: do Lov.e e do casal Ste&Mari Zanderlupe, que estão de malas prontas para a Terra da Rainha.
Em nome dos comodoros e de toda a tripulação, mando um caloroso "até logo" ao crub.e do amô e aos pombinhos recém-casados.
Go Drive!
quarta-feira, 2 de abril de 2008
O amor também acaba
Hoje recebi o convite de encerramento do Lov.e, que abrirá suas portas pela última vez na sexta-feira após mais de uma década de incontáveis, incontroláveis e memoráveis noites.
Há anos não tenho coragem nem motivo para pisar no desfigurado clubinho do amor, mas foi ali que toda a bagunça começou quando caí, meio sem querer, na boate da Rua Pequetita em uma quinta-feira que era para ser uma qualquer.
Nessa época eu ainda fazia o curso de Cevada, Erva & Futebol na Faap, e certo dia num pós-Buim alguém me arrastou pra ver qualéquiera daquele pico que todo mundo falava. Até então não gostava de nenhum tipo de música eletrônica, muito mais por não saber ao certo do que se tratava. Mas quando senti no peito o grave do drum'n'bass do Marky, a história mudou. "Ei, peraí. Isso é foda!".
Depois dessa quinta vieram todas as outras, durante anos a fio; depois da quinta, os outros dias da semana; depois do drum'n'bass, uma gama completa de gêneros sintéticos; e, depois do Lov.e, tantos outros buracos que nunca conseguiram reeditar a emoção daquela descoberta incrível.
Cansado da noite e tomado por um forte sentimento saudosista, não poderei comparecer ao velório do quase finado. Mas estarei presente em espírito, deitado ao lado dele de ressaca moral e física, olhos fechados, algodão no nariz e um enorme sorriso no rosto - parece que chegou a hora de pendurar as comandas e enterrar uma década inteira de derrapagem na pista.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Chora
Essa história de preço de ingresso tá ficando cada vez pior. Nego prefere culpar as empresas que trazem as bandas, mas não percebe que só a meia-entrada de estudante já faz o preço dobrar e mesmo assim as pessoas acabam pagando o que for para ir aos shows. Ou seja, ninguém faz nada para o quadro mudar.
Depois do recorde estabelecido pelo vovô Dylan, a palhaçada virou oficial. Bad Brains e NY Dolls a 100 reais (detalhe: na Broadway e no Hangar), Skatalites por 70 e Groove Armada (!!!) a 130 pista e 300 camarote.
A dupla inglesa toca com sua banda dia 30 de abril no Credicard Hall. Dizem que a turnê celebra os 10 anos de carreira, mas acho que na verdade comemora até hoje o sucesso de 2 ou 3 hitzinhos de 7 anos atrás.
Já o Skatalites, que tocou aqui em maio do ano passado, volta a SP para duas apresentações no Inferno, segunda e terça que vem. Quem se acostumou a pagar de 7,50 a 15 conto para ver os vovôs do ska no Sesc Pompéia, não vai gostar de desembolsar 10 vezes mais para ver o mesmo show em menos de um ano. E vai chorar de saudade da choperia e do teatro.
Depois do recorde estabelecido pelo vovô Dylan, a palhaçada virou oficial. Bad Brains e NY Dolls a 100 reais (detalhe: na Broadway e no Hangar), Skatalites por 70 e Groove Armada (!!!) a 130 pista e 300 camarote.
A dupla inglesa toca com sua banda dia 30 de abril no Credicard Hall. Dizem que a turnê celebra os 10 anos de carreira, mas acho que na verdade comemora até hoje o sucesso de 2 ou 3 hitzinhos de 7 anos atrás.
Já o Skatalites, que tocou aqui em maio do ano passado, volta a SP para duas apresentações no Inferno, segunda e terça que vem. Quem se acostumou a pagar de 7,50 a 15 conto para ver os vovôs do ska no Sesc Pompéia, não vai gostar de desembolsar 10 vezes mais para ver o mesmo show em menos de um ano. E vai chorar de saudade da choperia e do teatro.
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