quarta-feira, 4 de junho de 2008

Rock in Rio em Lisboa



Além do nome, que já é uma piada pronta de português, tudo que se falou sobre "a edição portuguesa" do Rock in Rio só pode ser brincadeira de mau gosto.

Domingo no Fantástico, a reportagem da Globo fazia uma comparação entre Ivete Sangalo e Amy Winehouse. De um lado, a saúde, a vitalidade, a simpatia, o charme e os coxão dourado da heroína brasileira; do outro, a fraqueza, a decadência, a tristeza e as perninha-de-grilo branquiiinha da vilã britânica.

Todo mundo sabe que a Ivete esbanja saúde e a Amy tá no bico do corvo, mas o que tem a ver uma coisa com a outra além da mania do politicamente correto e do ufanismo galvaniano? O que tem a ver Ivete Sangalo com rock? Aliás, o que tem a ver Rock in Rio em Lisboa???

A resposta para todas essas perguntas pode estar no Caderno 2 do Estadão de hoje: "Rock in Rio Lisboa se rende a Bon Jovi".
Se em pleno 4 de junho de 2008 uma matéria com esse título faz sentido, é porque as coisas devem ter tudo a ver, e eu que ainda não sei.

Jair Rattner, especial para O Estado, escreveu que "os espetáculos de maior sucesso foram os de Bon Jovi, Ivete Sangalo, Rod Stewart, Alanis Morissette e Joss Stone. A grande decepção foi a inglesa Amy Winehouse". Contou também que "em seguida veio Lenny Kravitz, num show de profissionalismo exemplar, mas que não empolgou o público" e que "o Skank não teve muita sorte".

Então, meu querido Jair, meu rei, meu xodó, a única conclusão que consigo tirar depois dessa bacalhoada é a seguinte: mesmo chegando 40 minutos atrasada (como se isso fosse muito para um festival que leva o rock no nome), louca de pedra, breaca, rouca, "cantando" só 13 das 18 músicas programadas, a doidinha fez muito mais para ser lembrada do que toda essa rapa de refugo.

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