Just a post

Dizem que o Uri Geller ligou para o Thom Yorke depois do show de ontem para perguntar como ele conseguiu hipnotizar um público de 30 mil pessoas no Brasil. Tudo bem, até que tinha um povo educado e louco pra ver o show do Radiohead. Mas o feito de deixar a multidão completamente imersa e entregue entre uma música e outra com um silêncio respeitador é mesmo louvável, ainda mais por aqui.

Eu, que nunca fui fã da banda, reconheço a competência e a importância dos caras no cenário musical de hoje. É tudo muito profissional e moderno, desde o visual do palco até a qualidade do som ao vivo, passando pela postura e pela escolha do repertório.

Justo eu, que às vezes acho a melancolia deles um saco e estava muito mais ansioso para ver o Kraftwerk... Os tiozinhos são foda, mas o show é o mesmo de sempre, programadinho. Ou seja, você sabe o que esperar, ao contrário do Radiohead.

Nem a canseira depois de uma manhã mal dormida, um clássico no Pacaembu, o trânsito para chegar na Chácara do Jockey, o rolê na lama do estacionamento e a indignação por marcarem um festival em pleno domingo foram capazes de estragar o prazer de ver um show impecável a céu aberto e com o pé na grama.

Na verdade todo mundo já comentou sobre o show, o post está um pouco atrasado, mas não podia passar batido.