quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Na morada dos deuses
Não é fácil encontrar alguém que goste dos discos do John Frusciante, mesmo entre os amigos que admiram o cara como guitarrista e reconhecem seu talento. Eu, pelo contrário, não paro de ouvir "The Empyrean", lançado agora em janeiro.
Dá até para entender o porquê: como todos seus discos, definitivamente não é som para qualquer hora. Denso e profundo, The Empyrean cai bem para ouvir sozinho em momentos melancólicos e introspectivos. Como o que eu vivo agora.
Frusciante parece não pertencer a este mundo. No intenso convívio com as drogas perdeu amigos, a vaga na banda, a saúde e todos os dentes. Anos depois, limpo, ganhou a mesma vaga de volta, uma vasta cabeleira, uma carreira solo de respeito e a experiência de quem chegou tão perto do céu.
Talvez tenha sido a própria relação com a morte que, durante os anos de 'namoro', encheu a alma do nosso amigo de tanto sentimento e inspiração. E agora, com a trégua que ela concebeu, Frusciante aproveitou para presentear os mortais com a trilha sonora do paraíso.
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2 comentários:
capa feia do caralho!
Adoro ele.....mesmo sendo deprê...
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