domingo, 30 de março de 2008

Marco Zero

Kraftwerk, ao vivo na WDR TV em 1970, parindo a última grande revolução da música.

sexta-feira, 28 de março de 2008

O céu é o mar entre o céu e o mar



Ontem teve abertura da mostra "Na Altura dos Olhos", do fotógrafo Marquinhos Vilas Boas. Drinks, amigos, filhos dos amigos (Juliano Valentini 16v Naddeo tem 6 meses e já é celebridade) e 9 imagens que apresentam registros de panoramas e horizontes em situações de pouca luminosidade e alguns minutos de exposição. A série capta aqueles momentos contemplativos de observação do horizonte, na fusão entre céu e mar. Você tem até o dia 30 de abril para dar uma passada na dconcept: Al. Lorena, 1257. É grátis.

quinta-feira, 27 de março de 2008

FIZ Cocô



Todo mundo que passou pela Marginal Tietê ou pela TV/internet na última semana viu a obra "Quase Líquido" do artista Eduardo Srur. Depois das bicicletas, árvores de Natal e caiaques, foi a vez das garrafas PET luminosas abordarem a questão ambiental em São Paulo.

Claro que a intenção do cara é provocar a conscientização coletiva, mas a maioria do povo que passa por lá não vê nada além de um "troço muito bonito para decorar a cidade de um jeito diferente".

O trampo do maluco é bacana, mas eu acho que o protesto poderia ser mais chocante - um cocô gigante boiando no rio ou um cara vestido dos pés à cabeça com roupa e máscara impermeáveis cruzando o rio de ponta a ponta em um jet ski, sei lá. Talvez o "feio" pudesse gerar mais impacto e fazer as pessoas pararem para pensar um segundo, e quem sabe mudarem pequenos hábitos no dia a dia.

Neste vídeo, Srur fala da obra com exclusividade ao FIZ, canal do diretor e meu vocalista preferido, Capitão Grull.

terça-feira, 25 de março de 2008

Marginália 2



MENOR171 says: (23:50:35)
acho que vão exibir no Tate em Londres
MENOR171 says: (23:50:43)
ainda não to por dentro da historia
MENOR171 says: (23:50:56)
só sei que foi aprovado lá

Foi assim que o fotógrafo Jorjão Lepesteur, truta que tá em NY, falou pelo messenger do remix audiovisual que fez com os broders do Embolex.

"Marginália 2" rouba trechos dos filmes "Bang Bang" (Andréa Tonacci) e "A Mulher de Todos" (Rogério Sganzerla) para criar um diálogo entre dois personagens que em princípio estão em filmes distintos. São inseridas cenas inéditas, inspiradas nos filmes, que reforçam esse diálogo a partir da interpretação gerada pela reedição ao vivo.

A trilha sonora foi produzida com amostras retiradas dos filmes originais e suas respectivas refilmagens, o que faz confundir os limites entre trilha e diálogos. O lo-tech também é explorado através de efeitos e texturas confeccionados com técnicas diversas de manipulação não-digital.

Esse vídeo que tá no YouTube é uma versão de 10 minutos dos 30 originais. Ficou bem classe.

Porco? Eu?




Ó lá o ratinho chileno fazendo uma pipoquinha, sua especialidade, e mandando pra dentro! Dominou, penteou pra um lado, pro outro, ajeitou e... caixa.
Dizem que esse ano ele vai concorrer ao tão cobiçado Prêmio Catota de Ouro. Boa, garoto! Afinal, não basta ser suíno nojento - tem que representar.

domingo, 23 de março de 2008

Vote no Ministro



Se o republicano John McCain vencer as eleições nos EUA, pelo menos uma esperança vai restar: é a única chance do Ministry voltar atrás e não encerrar a carreira depois de 27 anos.

Cansado e na pilha de realizar outros projetos, o frontman Al Jourgensenachou anunciou que a turnê de "The Last Sucker" é a última da banda. A não ser que o candidato de Bush se dê bem nas urnas e obrigue o Ministry a continuar na luta.

Na verdade essa hipótese é extra-oficial. Publicamente, Al se mostra irredutível. "Não somos o Kiss e com a gente não tem essa de parar para voltar mais tarde. Tenho vontade de fazer outras coisas. Hoje em dia prefiro estar atrás da mesa de som, produzindo e colaborando, do que atrás do microfone".

quarta-feira, 19 de março de 2008

O pernilongo mordeu o meu neném

Dormir cedo sempre foi uma missão difícil pra mim. Mesmo quando tô com sono, deito na cama e fico fritando, remexendo de um lado para o outro, e quando olho no relógio já são 4 da matina.

Outro dia, no desespero da insônia, fiz uma coisa rara: liguei a TV. Zapeava feito louco quando passei pela Band e vi um comercial que me transportou ao salão da casa da Rua Vanderlei, número 524. Era lá que eu passava horas de cara para a televisão, consumindo tudo de mais trash que a caixa tinha para oferecer. Lembro que minha mãe não entendia porque eu adorava assitir o Alborghetti (em breve neste blog), o Mallandrovski e o Horário Político. "Mãe: de tão ruim, é bom. É tudo personagem de circo, me divirto".

O fato é que o velho comercial da D.D.Drin voltou. Um verdadeiro show de tecnologia para a época, uma animação psicodélica de ratos, baratas, pulgas e percevejos fazendo um som nervoso e apavorando as donas de casa. Puro rock n' roll.

Não sei se o retorno às raízes se deu por falta de verba para produzir um novo comercial ou por se ligar que aquela é uma jóia da propaganda; a verdade é que a dedetizadora e seus bichos escrotos merecem toda nossa devoção.

terça-feira, 18 de março de 2008

Rumo ao Oscar



* Sanches: presidente parece sentir na pele o peso da responsabilidade de reerguer o clube.

A diretoria do Corinthians demorou quase 100 anos para perceber que o clube tem um potencial de comércio absurdo. Torcedores numerosos e fanáticos, mídia em cima o tempo todo e uma mística capaz de sensibilizar até os rivais significam retorno garantido a ações de marketing bem feitas.

A queda para a segunda divisão parece ter sido o motivo principal para os comandantes do Todo-Poderoso acordarem e investirem na hora e no lugar certos. Com o fim da era jurássica Dualib, quem ficou no lugar do turco mafioso não deixa de ser mais uma cria da casa, que até compactuou com a criminosa parceria com a MSI.

Andrés Sanches, o presidente, segue o mesmo perfil de antecessores como o folclórico Vicente Matheus: feio, simples e de baixíssimo nível cultural. No entanto, demonstra no começo do mandato uma iniciativa interessante de expansão da marca.

Entre os projetos, está a realização de um filme sobre o centenário do clube, contando sua bonita trajetória de glórias e fracassos. O longa poderia até percorrer o circuito de cinemas do Brasil, como o Real Madrid fez na Espanha em 2005.

Alguns projetos já foram apresentados ao vice-presidente de marketing do clube, Luis Paulo Rosenberg, que adorou o que leu, viu e ouviu. Uma das conversas aconteceu há cerca de duas semanas com os representantes da TGD Filmes, de Porto Alegre.

- Vai ser de chorar - garante Rosenberg.

Já pensou reviver a história do Curintcha na telona do cinema? Já tô chorando só de imaginar.

* Um dos momentos mais emocionantes do filme que ainda nem existe: o deus Tupã dá rolinho, toca pro Fabinho e depois faz de carrinho. É o primeiro dos 4 Brasileiros, e em cima dos bambis.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Cagada ao vivo



Se a pomba o tinha feito era porque estava, digamos assim, muito pressionada.

Há 10 anos, direto do túnel do tempo




* Destaque para o apresentador Fernandinho. Nesse tempo ele só comia puta e farofa.

domingo, 16 de março de 2008

Chegou o fim de semana, todos querem diversão

Quem poderia imaginar uma manhã de domingo na favela com inauguração de quadra bancada pela Adidas e presença da imprensa, do senador Eduardo Suplicy e do carrasco francês Zinedine Zidane? Pois foi exatamente este cenário que a comunidade de Heliópolis encontrou ao acordar.

Assustado com a multidão e com a bagunça, o cara que acabou com o Brasil em duas Copas saiu vazado antes do final do evento. Disse que estava com medo do alvoroço, mas na verdade o motivo da saída literalmente à francesa foi outro. Desafiado pelo senador para uma cobrança de pênalti, o frança pipocou. Supla fez cara de mau, cresceu no gol, fez o careca tremer e vingou toda uma nação com o chute na trave. Vai que é suuuuuuuuua, senador!

terça-feira, 11 de março de 2008

Pêlo amor...



O indiano Radhakant Bajpai entrou para o livro Guinness dos Recordes por ter o pêlo de orelha mais comprido do mundo. Os bem tratados fios grisalhos do indiano medem 25 cm, 10 cm a mais do que os do recordista anterior.

O vendedor de Uttar Pradesh diz que a única expectativa que tem agora é ter a façanha levada a sério, o que seria uma façanha maior ainda. Vaidoso, Bajpai usa um xampu especial e diz que parou de usar anéis e colares que, segundo ele, danificavam as inusitadas madeixas.

Um campo do caralho

Cê vê... é catinguria mermo!

Pais e filhos (da puta)

E eu, que sempre achei que tinha motivos para odiar o Natal...

segunda-feira, 10 de março de 2008

É de pequeno que se aprende





Eita molecadinha agilizada! No meu tempo não era assim não... Me lembro que pra dar o primeiro beijo foi uma verdadeira epopéia.

Tinha uma menina na minha classe que era apaixonadinha por mim, mesmo com aquele cabelinho pro lado, camiseta do Batman e aparelho fixo. A tal da Maria Fernanda também era bem feinha por sinal, mas já tinha bundinha, peitinho - acessórios de luxo para quem está na 6ª série.

Eu não tinha a menor vontade de ficar com ela, mas sabe como é... Mais valia tirar o cabaço do que esperar pela princesinha da sala que, naquela época, só olhava para os caras da 8ª pra cima. A mais gata, deusa, sonho, inspiração onânica, era a Giu. Lembrava até a Luciana Vendramini nos bons tempos de paquita capa da Playboy. Mas eu não tinha a menor chance, ela gostava do boyzão mais velho que pagava de Gol GTi na banca da frente.

Enfim, voltando à minha dura realidade, a Maria Fernanda, eu tava a fim de beijar logo pra ver qual era, mas ficava enrolando a mizaninha pq na verdade eu tinha mei que um nojinho dela. Foi quando a Juliana, que tinha bombado duas vezes e já era uma mulher trepadeira no meio da molecadinha, resolveu acabar com o impasse. "Eu te ensino a beijar e depois você fica com ela". Aí não tive mais como fugir.

Deu 6 horas, saída da turma da tarde. Eu não estava nervoso, não tinha treinado com gelo e também não estava nem um pouco empolgado, já que a Juliana também não era láaa essas coisas. Combinamos de dar uma volta no quarteirão, mas antes passamos na barraca do Zé para comprar um Chú-Cola.

Não era dia nem noite e fazia calor. Caminhamos um pouco e paramos ali na esquina da Pernambuco com a Rio de Janeiro, os dois com um sorriso sem graça no rosto. Eu tava morrendo de vergonha, coisa que a Juliana já tinha perdido fazia tempo. Ela olhou bem nos meus olhos, pegou minhas mãos, colocou na cintura dela e começou aquela brincadeira molhada de línguas frenéticas, barulhos estranhos e baba, muita baba. Eu sentia o gosto de alguém na minha boca pela primeira vez, e achei a sensação tão boa quanto esquisita.

Foi um beijo. Longo, mas apenas um. Logo voltamos para o colégio, onde eu teria que cumprir a outra etapa da missão. Levei a Maria Fernanda para uma esquina próxima, e também não durei muito com ela por lá.

Passados quatro longos anos, finalmente veio a recompensa. Eu já não era tão criança, e a Giu não gostava mais dos playboys mais velhos. Era a vez dos roqueiros cabeludos se darem bem. Da realização de um ideal infantil, ela passou a ser minha primeira namorada (a história durou 7 anos), meu primeiro amor, meu primeiro sexo (o dela também) e minha primeira ex-namorada.

Sim, um montão de primeiras coisas. E tudo graças ao espírito caridoso da Juliana.

domingo, 9 de março de 2008

Santa Claus e o Pozinho Mágico

Parte I


Parte II


Parte III

sábado, 8 de março de 2008

That 70s shows



A agenda do começo de abril reserva uma dobradinha imperdível de duas grandes bandas formadas na década de 70. Escaladas pra tocar no festival Abril Pro Rock, em Recife, New York Dolls e Bad Brains também vão passar por São Paulo.

No ano que eu nasci, o quarteto de jazz e reggae Mind Power conheceu os Sex Pistols, incorporou o punk, mudou o nome da banda para Bad Brains e gerou uma mistura das mais improváveis. O show está marcado para o dia 9, ainda sem local definido. Pelo entusiasmo da turma neste comício gravado em 1982 no lendário CBGB, a brincadeira vai ser séria.

No dia seguinte é a vez do New York Dolls, que tocaria na Clash, marcar presença no tradicional reduto underground Hangar 110. É a primeira vez que os fãs brasileiros têm a chance de conferir ao vivo o glam rock que influenciou boa parte das bandas punk, pós-punk e hard rock que vieram depois. O vocalista David Johansen e o guitarrista Sylvain Sylvain representam a formação original.

sexta-feira, 7 de março de 2008

quinta-feira, 6 de março de 2008

Les presento Claypool

quando eu crescia quisesse que sesse qui nem esse cara

quarta-feira, 5 de março de 2008

Insano



O tradicional futebol da segunda-feira, que já rola há uma década no Loc Sport, tinha dois tempos: a primeira hora era de jogo, e a segunda de fumaça, cerveja e show do Tatu.

A gente rachava o bico com personagens como o Silaish, um taxishta carioca. Todo mundo sabia que o Tatu era talentoso e engraçado, mas ninguém podia imaginar que ele se daria tão bem.

Marco Luque é conhecido no Brasil inteiro. Foi ao Programa do Jô, virou viral na internet e hoje é a atração principal da Terça Insana, que rola toda semana, às 21h, no Avenida Clube. Uma amiga foi ontem e falou que o cara tá sensacional. Quero ir na terça que vem.

Para quem ainda não viu: uma palhinha com Jackson, o motoboy.

terça-feira, 4 de março de 2008

Nine Brand Nu Songs



Menos de 1 ano depois do introspectivo Year Zero, o Nine Inch Nails volta a lançar disco novo de estúdio.

Na verdade, o lançamento oficial de “Ghosts I-IV” está previsto somente para abril, mas no site http://ghosts.nin.com/main/home você já pode baixar as primeiras 9 músicas na faixa [escolha a categoria “Free Download”, cadastre seu e-mail e espere pelo link] ou fazer o pedido do álbum completo por R$ 8,41.

Por enquanto, números: trata-se de uma coleção de quase 2 horas com 36 faixas instrumentais divididas em 4 grupos, gravadas em intensas 10 semanas de estúdio. As participações especiais ficam por conta de Alessandro Cortini, Brian Viglione (Dresden Dolls) e Adrian Belew (King Crimson).

segunda-feira, 3 de março de 2008

Sgt. Hetfield's Pub Band



Enquanto uma nova revolução musical não chega, o cenário atual segue fundindo gêneros, resgatando estilos consagrados e... fazendo piada. Confesso que não conhecia o Beatallica, uma brincadeira de dois amigos americanos que até já rendeu problemas com advogados e grandes gravadoras.

Os caras fazem arranjos misturando músicas dos Beatles e do Metallica, e o vocalista imita o James Hetfield igualzinho. Tudo com muito bom humor e nenhuma pretensão comercial, já que, segundo algumas notas que li, a banda nunca cobrou um centavo pelo download das faixas.

Mesmo assim, teve gente que não gostou dos palhacitos, e não foram os chefes da legião anti-Napster. A Sony//ATV Music, que cuida dos direitos autorais dos Beatles, mandou uma notificação ao webmaster dos manos para tirar tudo do ar, mas parece que não adiantou. Entrei no site e no myspace [www.beatallica.org e www.myspace.com/beatallica] para conferir e descobri que os downloads free não estão mais lá, mas os endereços e a banda continuam na ativa.

Até achei a paródia divertida, mas baixar pra ficar ouvindo em casa já é demais, né?

O capeletti mais caro do mundo




Ficar frente a frente com Mike Tyson, no auge da sua carreira, devia mesmo ser uma experiência assustadora. Mas encarar o animal decadente e decontrolado, sem condições de combate, pode ser muito pior. Mesmo assim, Evander Holyfield garante que, como bom cristão, ofereceria a outra orelha a Tyson só para ganhar mais dinheiro.

"Da última vez, eu lucrei US$ 35 milhões por nove minutos de trabalho. As pessoas sempre dizem 'o Tyson te mordeu'. Bem, eu digo para mim mesmo 'ele pode morder essa outra por US$ 35 milhões", disse. "Os mulçumanos ficaram chocados com isso, mas eu, um cristão, o perdoei. Se nós nos encontrarmos de novo, não teremos problemas".

Holyfield também contou que o empresário de Tyson o procurou para armar essa luta. Pelo visto, a proposta apelativa é uma tentativa desesperada de erguer o mercado dos pesos pesados, que nunca mais terá a emoção e os dólares de outros tempos. Afinal, qual a última grande luta que você se lembra? Provavelmente a da orelha, que aconteceu em 97.

A notícia do tablóide inglês The Sun me lembrou a infância. Quando eu tinha uns 8 anos, morava na minha rua o Elias, um moleque bem esquisito, com pais mais esquisitos ainda e um irmãozinho que parecia o demo. Ele era fascinado por boxe, e louco pelo Maguila. Até o bolo de aniversário do Elias era decorado com um desenho do Maguila. A gente se reunia na casa dele para ver as grandes lutas de Tyson, Foreman, James Buster Douglas e, claro, Adilson Maguila Rodrigues.

Em 1989, porém, o mundo de Elias caiu desacordado e estrebuchando feito frango junto com Maguila, na luta contra o mesmo Holyfield. Nesse mesmo ano, o fã de boxe pediu para a mãe desenhar um salto de BMX no seu bolo de aniversário.