terça-feira, 30 de setembro de 2008
domingo, 28 de setembro de 2008
O festival que eu fiz
Não sei se foram as pessoas de sempre que envelheceram (no bom sentido, até), o line-up que era fraco ou eu que já fui com outro espírito. Provavelmente tudo isso junto. Fato é que o Skol Beats desse ano foi o mais low-profile de todos. Calmo, sereno, em velocidade de cruzeiro.
O Justice, que era para coroar o auge da festa, foi mal escalado e tocou muito cedo, enquanto o povo ainda chegava. E depois dele ficou tudo morno, até o Digitalism. O alemãozinho e seu amigo gordinho bem que tentaram reacender a pista, xingando todo mundo e pedindo pra galera mexer a bunda, mas esta edição do evento estava mesmo fadada ao banho-maria.
Nesse momento da foto a gente estava sentado ali, comendo um inofensivo sanduba oferecido pela sala de imprensa. O Ronaldo passou, clicou, e logo depois levantamos para ver o Digitalism e ir embora antes do amanhecer.
Sem fortes emoções, sem manhã de domingo na Marginal, sem D-Edge lotado, sem perrengue e sem ressaca. Tudo conforme o programado.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
É mole mas sobe
É... Parece que esse CD do Comodoro tá mais embaçado que o "Chinese Democracy" do Guns N' Roses. E a prova final é que até os ingleses do The Zimmers passaram na frente e lançaram seu álbum de estréia, "Lust For Life". Detalhe: os membros da banda têm em média 90 anos.
O disco inclui dois covers:
"My Generation" [The Who]
e "Firestarter" [Prodigy]
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
NIN São Paulo, NIN Porto Alegre
O motivo alegado foi "imprevistos técnicos". Mas nas internas, comenta-se que o cancelamento dos dois shows que o Nine Inch Nails faria no Brasil ocorreu por bilheteria fraca.
O que os caras queriam? Começam a vender uns 4 meses antes e a R$180 a pista? Não sabem que brasileiro sempre faz as coisas de última hora? E que esse preço assusta qualquer um?
No final, quem se fode é sempre nóis, povo sofrido e amargurado, que fica sem o maior show do ano. Espero que o Justice seja tão legal ao vivo quanto parece, porque se depender da escalação do Tim Festival... Feliz 2009.
O que os caras queriam? Começam a vender uns 4 meses antes e a R$180 a pista? Não sabem que brasileiro sempre faz as coisas de última hora? E que esse preço assusta qualquer um?
No final, quem se fode é sempre nóis, povo sofrido e amargurado, que fica sem o maior show do ano. Espero que o Justice seja tão legal ao vivo quanto parece, porque se depender da escalação do Tim Festival... Feliz 2009.
domingo, 14 de setembro de 2008
Espírito do tempo
Embora "Zeitgeist" já tenha 1 ano de vida, eu ainda não tinha parado pra ver. E pelo que pude perceber, muita gente nunca ouviu falar.
Produzido por Peter Joseph (pseudônimo de James Coyman), da GMP, é um dos melhores documentários no estilo teoria da conspiração já feitos. Mesmo que você seja daqueles que prefere fechar os olhos diante das evidências para manter seus conceitos e crenças intactos, não tem como assistir e não ficar com uma ou várias pulgas atrás da orelha.
Juntando fatos, dados, semelhanças e coincidências com uma linguagem direta e provocativa, o filme enfia o dedo em três feridas delicadas: a igreja católica, os ataques de 11/9 e o Banco Central Americano.
A primeira parte, chamada "A maior história já contada", é a mais foda e, para mim, a mais óbvia. Questiona as intenções e os efeitos da religião nas pessoas, mostrando vários indícios de que Jesus Cristo é apenas uma representação do Sol, e nunca existiu. Todos os mitos que envolvem sua figura são um plágio barato da criatividade de outras religiões mais antigas. Tipo a edição mais vendida da mesma história absurda que já tem mais de 2 mil anos e continua com o mesmo sucesso.
A segunda e a terceira parte estão ligadas pela obsessão dos americanos pelo poder. Segundo o documentário, o ataque de 11/9 é um plano arquitetado pelos próprios em parceria com os árabes, e os prédios só teriam caído daquele jeito porque colocaram explosivos em suas estruturas. Uma cena muito bem montada para incitar a opinião pública contra o inimigo (terroristas que vivem escondidos nas cavernas) e a favor da guerra.
Tudo porque a guerra gera lucro, e este foi apenas mais um pretexto que os EUA costumam inventar para poder começar uma guerra. O dinheiro que financia a guerra vem da Reserva Central, comandadada por poucas e tradicionais famílias de banqueiros, e é emprestado ao governo com juros para render uma dívida cada vez maior. E é essa organização que pretende dominar o mundo e estabelecer um governo mundial.
Essa última parte eu até acho que pode ir um pouco além, mas a mensagem é positiva e o conteúdo do filme é muito rico para quem não se satisfaz apenas com a versão oficial dos fatos. Clique aqui e assista "Zeitgeist - The Movie" online com legendas em português.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
O tripé de uma campanha
Eu poderia citar Lacraia, Sérgio Mallandro, Ovelha, Thammy Gretchen, Netinho de Paula, Enéas Filho, Japonês do Funk, Rita Cadillac, Heitor Pit Bitoca, Túlio Maravilha... Parece que este ano as opções para vereador no zoológico do Horário Eleitoral estão especialmente caprichadas, e com requintes de crueldade.
Mas entre tantos candidatos de peso e expressão no cenário político nacional, este humilde blog se vê obrigado a destacar o popular e carismático Clóvis Basílio dos Santos, conhecido mundialmente como Kid Bengala.
Visitei o site do PPS (Partido Popular Socialista), partido da Soninha, pelo qual nosso personagem do dia lançou sua inusitada candidatura. Curioso para saber onde poderia encontrar meu candidato para conhecer suas propostas e ainda prestigiar um showmício ao vivo, cliquei em "Meu Dia-a-Dia", onde encontrei a seguinte agenda:
00 de Julho de 2008
08:00 Nome do Compromisso
08:00 Nome do Compromisso
00 de Agosto de 2008
08:00 Nome do Compromisso
08:00 Nome do Compromisso
00 de Setembro de 2008
08:00 Nome do Compromisso
08:00 Nome do Compromisso
Depois de anotar todas as datas, locais e horários, fui em busca de tudo que ele já realizou como político em "Biografia Política". O texto começa citando o longo tempo de participação no partido - "filiado ao PPS desde 2007" - e segue contando um pouco da história deste notável guerreiro do nosso povo:
"Natural de Santos e pai de três filhos, Kid Bengala, 53 anos, é evangélico e freqüenta o culto todas as sextas e domingos, mas ficou conhecido pelos diversos filmes para adultos que protagonizou em mais de 27 anos de carreira, distribuindo diversos autógrafos por onde passa. Porém, pouca gente sabe que Kid Bengala é formado como melhor aluno em projeto de ferramentas pelo SENAI, em São Paulo".
Resta saber se, além de melhor aluno, foi ele quem projetou a sua famosa ferramenta. Se foi, lembre-se do maior cabo eleitoral do Brasil: para grandes obras, vote 23333. Já que é pra foder... fode direito!
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Ela voltou
Uma das suas maiores musas da adolescência, daquelas que você cansou de idolatrar, de repente engordou, envelheceu, cortou o cabelo, fez plástica. Enfim, virou uma baranga desqualificada da cabeça aos pés. No jeito de se vestir, de falar, nas idéias e tudo mais. Tão diferente que você até esquece que um dia a parede do seu quarto já foi forrada de pôsteres com o nome e a cara dela.
Muitos anos se passam sem que você retome aquele amor fervoroso, a não ser em um ou outro bom momento de nostalgia e recordação. E eis que quando você menos espera, surge ela, linda e exuberante como nos velhos tempos, mesmo carregando na alma as marcas de tudo que passou.
Foi algo parecido com isso que senti ao ouvir o novo do Metallica, "Death Magnetic". Como a maioria dos fãs antigos, eu tinha parado no excelente "Black Album", órfão de "Kill'Em All", "Ride The Lightning", "Master of Puppets" e "...And Justice For All", melhores ainda. Meio incrédulo, resolvi baixar o disco novo e tive a grata surpresa: forte e pesado, "Death Magnetic" tem identidade e é construído sob rifes bem consistentes, que trazem traz de volta o autêntico cheiro e gosto da banda, adormecidos em algum buraco negro da história.
Como nas antigas, as músicas são longas e têm em média 7 minutos. O vocal de James Hetfield está impecável, e agora com Trujillo no baixo o Metallica tem um substituto de Cliff Burton à altura. Antes tarde do que nunca.
O álbum leva 'morte' no nome, mas começa com um coração batendo. E a faixa que abre é "That Was Just Your Life", uma paulada que lembra tanto os primeiros discos que parece mais Megadeth do que o próprio Metallica.
O que vem a seguir é uma extensa caminhada onde é possível reconhecer e relacionar as diferentes fases do Metallica ao longo dos 20 e tantos anos de carreira. Tudo isso sem perder o fôlego e a pegada, a não ser em "The Day That Never Comes", uma espécie de nova "The Unforgiven" que não é a "The Unforgiven III", que também está no disco.
"Death Magnetic" é recomendado para quem já curtiu muito aquela banda dos cinco primeiros discos e esperou tanto tempo para escutar alguma coisa que se assemelhe, e contraria o ditado que diz que tempo bom não volta nunca mais.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Arte como polêmica
O ataque à Choque Cultural é polêmico e rende uma discussão eterna, que começa pela velha pergunta "o que é arte?", passa pelo conceito específico de street art e não tem um final à vista.
A verdade é que o fato tem muitos lados e eu vejo fundamento tanto no ataque quanto na indignação dos artistas, dos donos da galeria e de todo mundo que tachou o ato como puro vandalismo.
Graffiti é arte, piXo também. Se não no campo plástico, no da tipografia. Isso tudo analisando simplesmente a forma e o resultado fora do contexto social e político em que eles atuam, obviamente.
Quem estiver disposto a enxergar o lado do "mal", pode ver que os piXadores usam do vandalismo para fazer valer todo seu caráter subversivo e defender sua classe. A classe dos que nasceram na marginalidade, dos que usam a rua como vitrine da sua expressão maior, como válvula de escape de todas as suas angústias, como o único lugar onde é possível cravar seu nome em letras garrafais para todo mundo ver, sem pedir nada em troca.
Levar tudo isso para dentro de uma sala com ar condicionado, champanhe e canapés, à mercê de um preço estabelecido que gera muito mais lucro ao dono do estabelecimento e muito menos ao artista, e ainda ir parar na sala de um playboy qualquer, vai contra todos os preceitos da street art. Ainda mais para uma galeria que se entitula "espaço para arte underground".
Por outro lado, o ataque pode esconder uma inveja , uma vontade reprimida de ter sua expressão valorizada, seu nome escrito em uma fonte mais convencional na etiqueta da peça ou na página do jornal, reconhecido simplesmente como um artista ao invés de um marginal. Ou não.
Quem conseguiu ganhar um troco e um nome no meio artístico com peças na galeria não merece ter sua arte destruída. Nenhum artista merece, e todos têm direito de fazer o que quiserem com suas coisas. Vender ou não é uma opção, e como disse o Chubas, os donos das peças avariadas deveriam aproveitar para vendê-las agora pelo dobro do preço.
Mas essa discussão é velha e sempre invadiu os campos de todos os tipos de arte. Ou não vão xoxar a gente no dia em que o Comodoro tocar no Faustão?
A verdade é que o fato tem muitos lados e eu vejo fundamento tanto no ataque quanto na indignação dos artistas, dos donos da galeria e de todo mundo que tachou o ato como puro vandalismo.
Graffiti é arte, piXo também. Se não no campo plástico, no da tipografia. Isso tudo analisando simplesmente a forma e o resultado fora do contexto social e político em que eles atuam, obviamente.
Quem estiver disposto a enxergar o lado do "mal", pode ver que os piXadores usam do vandalismo para fazer valer todo seu caráter subversivo e defender sua classe. A classe dos que nasceram na marginalidade, dos que usam a rua como vitrine da sua expressão maior, como válvula de escape de todas as suas angústias, como o único lugar onde é possível cravar seu nome em letras garrafais para todo mundo ver, sem pedir nada em troca.
Levar tudo isso para dentro de uma sala com ar condicionado, champanhe e canapés, à mercê de um preço estabelecido que gera muito mais lucro ao dono do estabelecimento e muito menos ao artista, e ainda ir parar na sala de um playboy qualquer, vai contra todos os preceitos da street art. Ainda mais para uma galeria que se entitula "espaço para arte underground".
Por outro lado, o ataque pode esconder uma inveja , uma vontade reprimida de ter sua expressão valorizada, seu nome escrito em uma fonte mais convencional na etiqueta da peça ou na página do jornal, reconhecido simplesmente como um artista ao invés de um marginal. Ou não.
Quem conseguiu ganhar um troco e um nome no meio artístico com peças na galeria não merece ter sua arte destruída. Nenhum artista merece, e todos têm direito de fazer o que quiserem com suas coisas. Vender ou não é uma opção, e como disse o Chubas, os donos das peças avariadas deveriam aproveitar para vendê-las agora pelo dobro do preço.
Mas essa discussão é velha e sempre invadiu os campos de todos os tipos de arte. Ou não vão xoxar a gente no dia em que o Comodoro tocar no Faustão?
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Arte como crime, crime como arte
No último sábado, cerca de 30 pixadores (assim mesmo, com X, como eles mesmos escrevem) invadiram e atacaram a Galeria Choque Cultural (Rua João Moura, 997, Pinheiros) para protestar contra a comercialização da cultura de rua por parte dos galeristas e do poder público.
Os caras apavoraram tudo: paredes, teto, obras de arte expostas e as funcionárias que estavam trampando ali na hora. Os manos já fizeram uma página no Flickr, onde já se nota um começo de debate. E a discussão promete ir muito mais longe.
YearbookYourself
Quer saber como seriam seus diferentes estilos ao longo do tempo? No site YearbookYourself você faz o upload de uma foto com a sua linda carinha e pode ver como seria sua pinta nos anos 50, 60, 70, 80 ou 90 - um protótipo diferente a cada 2 anos, principalmente no corte e no penteado. A viagem no tempo e no staili também vem acompanhada da trilha sonora da época, que você pode desligar quando quiser.
Em algumas fotos o rosto não fica bem encaixado, mas você pode ajustar tamanho, altura e ângulo. Essa aí, por exemplo, ficou certinha.
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